quinta-feira, junho 30, 2011

sexta-feira, março 25, 2011

segunda-feira, março 07, 2011

Não sei dizer


Sei que tenho andado afastada...
Sei que não te tenho dado o que quero e o que mereces...
Mas quero fazer muitas coisas, quero dizer-te muitas coisas. Só não tenho forças para o fazer...
Sinto-me a desfalecer, sinto-me a morrer aos poucos, mas antes disso tenho de te dizer tudo o que sinto, tudo o que quero, tudo o que não quero...

Queria tanto ter forças para te dizer o quanto te amo, o quanto me fazes falta, o quanto eu queria passar mais tempo contigo, o quanto eu queria partilhar coisas contigo, o quanto eu queria viver mais contigo. Mas não tenho forças para o dizer.

Nem as sei dizer... Não te sei dizer mas sinto tudo isso...


segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Dor



A vida é efémera... Tão efémera! Mas só nos damos conta disso quando somos confrontados directamente. Pensamos que somos eternos, que a nossa curta vida é uma eternidade, mas de um momento para o outro tudo se desmorona, tudo desaba, tudo cai... É assim que nos apercebemos do quão insignificantes somos... E surge a dor. A dor repentina, a dor tão forte que parece que não vamos aguentar. E de tão forte que é desejamos sucumbir, porque achamos que não a suportamos. Desejamos perecer! Que irónico, é precisamente aquilo pelo que lutamos toda a vida...

Mas há momentos em que desejamos tanto terminar a nossa existência, para acabar com a dor (será?) ou para irmos ter com quem deixou um corpo imóvel, sem acção, a apodrecer a pouco e pouco. Será que encontraríamos quem deixou esse corpo? Talvez... Certamente a dor seria maior... Quem sabe...

Resta-nos, então, sofrer, consentir a saudade e a mágoa. Deixá-la, sem remédio, apoderar-se de todo o nosso ser...

E juntamente com a dor de nunca mais vermos alguém muito querido soma-se a dor de não lhe termos dito tudo o que queríamos, de não termos feito juntos tudo o que queríamos, de não termos partilhado tudo o que queríamos, de não termos rido tudo o que queríamos... Tudo isso por falta de tempo (dizemos nós)...

E junta-se uma nova dor, a do arrependimento...
A nossa vida é uma dor constante...


segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Não quero nada!


Não quero ver!

Não quero ouvir!

Não quero falar!

Não quero sentir!

Não quero nada! Afinal quero...
Quero transformar-me em pedra!

Sinto


Sinto tantas coisas. Mas a que mais sinto é que estou a morrer aos poucos. Na verdade não sei se estou a morrer aos poucos. Apenas sinto que me estão a tirar cada parte do meu corpo aos poucos. Parte por parte, órgão por órgão. Mas assim não se morre pois não?

Que pena!... É uma dor na alma ver o corpo ser dilacerado dia após dia. E a dor na alma é muito pior do que aquela quando nos arrancam um pedaço do corpo. O corpo é algo que usamos, ou abusamos, quando pegámos num monte de pó e moldamos um bonequinho. Não tarda muito o nosso corpo voltará às origens, foi-nos só emprestado...

E a alma? Irá continuar a doer-nos?

Apetecia-me tanto apressar o destino...